terça-feira, 7 de agosto de 2007

Bestas e Bestiais: como passar de cavalo para burro e vice-versa!




Desde há uns meses a esta parte, o nosso lindo cantinho à beira-mar plantado foi confrontado com o desaparecimento súbito de uma menina, filha de um casal de médicos forasteiros que, por sinal, também eram turistas. Desde então, a nossa muy querida e estimada força policial de investigação criminal, a pós-Pide, perdão, Judite, tem sido achincalhada pela constante falta de respeito dos mass-media Britânicos, esses sim, uns grandes zombeteiros. Contudo, a família, apesar de ter deixado três crianças sozinhas horas a fio para irem comer uma merda duns caracóis, foi completamente mimada e ilibada por toda a gente, sem que se sequer os questionassem se tinham ou não mudado as fraldas às crianças. Entretanto, os (maus) progenitores da criança têm sido constantemente tratados a pão-de-ló em tudo o que é sitio por onde passam. Após terem passado semanas a viajar à pala do Rooney e de outros otários que lhes deram umas massas para apaziguar o sofrimento, estes dois médicos negligentes são agora alvo de novas buscas e inquirições por parte da Judite. Incrível, a facilidade com que se passa de Bestial a Besta neste mundo. . . e eu que pensava que toda essa metamorfose seria exclusiva aos treinadores da bola. . .
Por outro lado, o agente imobiliário que morava na zona e prontamente se predispôs a ajudar, passou por todo um processo inverso ao da família McCann. Murat de seu nome, viu a sua vida completamente vilipendiada, o seu bom (?) nome tocado e ficou com toda uma fama de pedófilo mau que comia criancinhas ao pequeno almoço. Em suma, os mesmos jornalistas que transformaram os McCann em ícones do sofrimento, pintaram o pobre Muratzinho de besta de todo o tamanho, talvez pior até que o próprio Lúcifer, eterno guardião dos portões do Inferno. Tudo isto sem que se constituisse matéria de prova para incriminar o pobre homem, cujo sonho de vida era vender umas casitas a uns conterrâneos velhos e endinheirados.
Costuma-se dizer que o cão é o melhor amigo do homem, e realmente o melhor amigo de Murat foi um cão, que diga-se de passagem, foi um verdadeiro canino para os McCann. É que devido á intervenção de um "cheiroso", também ele "bife", foi agora ventilado que no apartamento de férias desta família existiriam vestígios de um cadáver, o que muda completamente o rumo a esta história que mais parece uma telenovela venezuelana censurada pelo Hugo Chavez.
Murat corre agora o risco de se tornar no coitadinho, que não é bom nem mau nesta fita Inglesa de algarviadas e prepara-se para pedir ao estado que lhe pague as casas que não vendeu, melhor dizendo, as vacas ao dono.
Por seu lado, o Doutor Inglês corre o risco de se tornar na mais pura representação de Lúcifer na terra, isto se se provar que o home tem alguma relação mefistofélica com o sangue putrefacto encontrado no apartamento.
No meio disto tudo, quem se quilhou foi a menina, que não teve uns pais decentes. . . Esteja onde estiver a Maddie, a esta hora estará certamente, seja o desfecho disto qual fôr, a pensar que teve uns pais de merda.
E que terá o meu homónimo Benedictus XVI, que tão caridosamente recebeu os (ricos) pais da menina a dizer disto tudo. Será que no meio desta merda toda, até o Papa eles conseguiram enganar? Bem se enganaram o velhote ou não, isso não é comigo. O canito é que pelos vistos não se deixou levar na cantiga.

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