quinta-feira, 26 de junho de 2008

Meretíssima Sova. . .


Hoje amanheci com uma notícia digna de figurar no extinto jornal "O Insólito". Não, não vi um lobisomen, nem sequer uma mulher com barba à Sandokan, nem sequer um gajo com três metros de altura. Aquilo que vi e ouvi é mais insólito ainda, quase inacreditável.

Preparava-me para saír de casa em direcção ao meu local de trabalho, quando sou confrontado com uma notícia naquele programa informativo das manhãs na RTP1 que dava conta de um conjunto de agressões num tribunal em Santa Maria da Feira.

- Foda-se. . . - exclamei - querem ver que a bófia molhou a sopa na populaça?

Foi esse o meu primeiro raciocínio, a primeira ideia que me ocorreu. Pensei que talvez a população sedenta de sangue se tivesse indignado contra um bando de traficantes de droga que estavam a ser julgados naquela sala de tribunal. Talvez a polícia tivesse reagido mais intempestivamente aos ânimos exaltados dos populares. Afinal, todos estamos habituados a ver o circo que se monta normalmente à porta dos tribunais, com multidões normalmente a exigirem a cabeça do reú, não interessando para nada se o homem é inocente ou culpado. Nesses momentos, parece que voltamos ao século XV, quando os blasfemos eram julgados e condenados á morte em autos-de-fé, com as praças completamente à pinha, cheias de leprosos a pedirem a pena capital para a pobre rapariga que foi acusada de bruxaria!

Pois, mas pelos vistos, eu estava redondamente enganado. Aquilo que aconteceu ontem á tarde naquela localidade tem contornos deveras bizarros, digos de qualquer obra-prima de Fellini!

Afinal de contas, foram os juízes que levaram na marmita. É verdade!

Após a leitura da sentença, os reús, indignados, acessoriados pelos seus familiares que assistiam à audiência, galgaram a pouca protecção que os separava do colectivo de juízes e encheram a bilha aos juízes à biqueirada, perante a total passividade dos polícias que estavam encarregues de zelar pelo respeito à lei e á autoridade suprema do meretíssimo ou meretíssima.

Resta referir o facto de que, para dezoito arguidos, estavam apenas presentes na sala três polícias, sendo que o julgamento nem sequer decorreu numa sala de audiências, mas sim numa qualquer sala de arrumos do quartel de bombeiros da localidade, onde pelos vistos já é hábito realizarem-se julgamentos.

Cada dia que passa, fico mais impressionado com a capacidade improvisatória do maravilhoso povo Tugamenistanês. Isto de fazer tribunais em quarteís dos bombeiros é obra, não digo único no mundo, pois de certeza que lá para os lados do Botswana ou Burkina-Faso devem acontecer coisas semelhantes.

Já agora, têm a certeza que é necessário mais um aeroporto em Lisboa? Têm a certeza? Será que não se pode improvisar um aí num descampado qualquer? Em vez de constuírmos uma linha de TGV, não poderemos antes improvisar com uma chocolateira qualquer que estaja parada na estação de Sobradelo da Goma?

O que é preciso são pontes, aeroportos e comboios rápidos!

Mais polícia para quê? Tribunais? Nã.. . o que não falta aí são quarteis dos bombeiros ou casas do povo que sirvam para fazer linchamentos!

Continuo sem capacidade para categorizar o nosso país no contexto internacional. Será de primeiro ou de terceiro mundo? Não. . . é mesmo o Planeta dos Macacos!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ryanair, ou no novo conceito de Bordel Voador!



Para quem pensava que já tinha visto tudo desde que viu um porco a andar de bicicleta, isto deixou-me completamente de rastos. . . Nunca pensei que a minha vida pudesse levar um abanão tão grande desde aquela tarde de domingo passada no Circo Chen. . .
A Ryanair, através do seu C.E.O. (em português, P.C.A.,vulgo Presidente do Conselho de Administração, vulgo Proxeneta, Chulo e Azeiteiro que finge que trabalha) deixou escapar, numa conferência de imprensa em território Germânico, a possível saída para os problemas de concorrência com as restantes low-cost, ou transcovizelas com asas, como preferirem. A solução passa por incluír no pacote dos nababos que viagem em Business Class um pequeno momento de relaxamento sexual por via oral, protagonizado quiçá por uma qualquer rameira de um strip club manhoso do Soho. Sendo assim, há uma questão que se coloca. . . as putas pagam bilhete? Ou será que serão putas e hospedeiras ao mesmo tempo, para poupar nos gastos com o pessoal? Fica a questão. . . 
Isto de falar a sério brincando tem que se lhe diga. Tenha lá cuidado, Mr. O'Leary (ou o diabo que o valha!), olhe que há muita gente que poderá acreditar neste tipo de brincadeiras. De certeza que não quer que um dia destes lhe apareça um magote de domingueiros de palito na boca, a querer destruir um avião por não encontrar lá as putas que prometeu. . .

 

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Topem lá a diferença. . . Qual deles o mais peneirento?




Como sou um valente cabrãozinho, não podia deixar escapar esta oportunidade de bater outra vez na mesma velhota. Prometo que depois deixarei as lides futeboleiras por uns tempos, mas em tempos de eliminação inglória e polémica do Euro 2008, não podia deixar de apontar o dedo acusador a todo e qualquer alvo passível da mais pura zombaria.

Continua então a minha crítica destrutiva aos protagonistas desta pouca vergonha que foi a participação Tugamenistanesa neste evento desportivo. Se o nosso menino merece o destaque na equipa das quinas, merece-o também neste Templo da Zombaria, quanto mais não seja pelas constantes figuras tristes que protagoniza. Desta vez decidi embirrar com uma coisa que me enoja particularmente, uma das poses à "Adonis" que este madeirense teima em usar, nomeadamente a pose ensaiada para a marcação dos livres directos, nitidamente propositada para a objectiva do fotógrafo, ou para "inglês de manchester ver"!

Para poder proporcionar um bom termo de comparação aos fieís leitores, escolho o brasileiro Ronaldinho Gaúcho,. homónimo do nosso menino, mas com duas diferenças, é Gaúcho e tem uns dentes que, Deumalibre, não lembram ao pior dos Lúciferes. De qualquer das maneiras, trata-se de um jogador de renome mundial, também conhecido por ser exímio na marcação deste género de tentos. Contudo, subsiste outra diferença assinalável . . . É que o nosso Cristiano, no Manchester, marca-os à tripa forra, na Selecção, deixa-nos a ver navios. . . Será que a pose funciona consoante a camisola que se enverga? Será que as bolas (balls) são diferentes? Será da relva? Será que campo tem toupeiras? Será do queijo Emmental nas chuteiras do Petit? Subsistem as dúvidas. . .

Frustração, Desilusão e Selecção ou Aonde é que eu já vi esta merda? Parte XXI


De dois em dois verões, desde há uns anitos para esta parte, temos vindo a assistir a este degradante espectáculo de frustrações e desilusões a que me refiro. Uns atribuem este fenómeno ao nefasto azar, besta negra que segue o bom Portuguesinho para onde quer que ele vá. Outros preferem culpar a História, pois consideram que “sempre foi assim! O que se há de fazer?”. Por outro lado, temos também aqueles que culpam o destino, advogando que é este o triste fado que nos acompanha pela eternidade. Outros há que nunca abandonam o ideal Sebastianista que norteia esta país desde aquele dia em Alcácer-Quibir, onde levamos uma abada dos Marroquinos (não, não estou a falar de Braga). Para esses, “é desta que vamos ganhar alguma coisa de jeito e que vamos devolver o nosso país à glória vivida nos tempos do V Império!”
Pois eu não penso de nenhuma destas maneiras. Para mim, sempre foi e sempre será a mesma merda. Continuamos a caír sempre nos mesmos erros do passado. Julgamos sempre que somos melhores do que os outros, o que leva a que pensemos que nunca precisamos de grande esforço para fazer seja o que fôr. Quando começava a rolar a bola na Suíça, (esse país de gente estranha que paga balúrdios por um queijo com buracos), já todos embandeiravam em arco, como se a vitória Lusa fosse uma certeza inabalável. Muitos reforçaram essa certeza com o facto de que estaríamos quase a jogar em casa, de que éramos a equipa com mais apoio de todas as 16 que por lá se encontravam. Uma coisa é certa, deve ter sido a única equipa a encher estádios de 15.000 lugares para um simples treino! E o pior é que os que encheram esse estádio de Neuchatel, todos os dias, pagaram, também esses, balúrdios por um bilhete de merda, que apenas dava direito a assistir a meia dúzia de macaquices protagonizadas por gajos com nomes tão reles como Cristiano Ronaldo ou Petit, e sem direito a queijo sequer. Se algum deles tiver roubado as meias ao Petit, pode ser que tenha tido a sorte de encontrar por lá um aromazinho a bom Emmental suíço, pelo menos. . .
Da parte dos atletas, notou-se um à vontade em tudo característico dos Portugueses, como se a merda do campeonato já estivesse ganho à partida. Da parte dos técnicos, as parcas palavras davam a entender que a relação entre os mesmos e os directores tresandava a fezes de canino, muito por culpa do despeito demonstrado por estes últimos ao proferir uma série de declarações por mim consideradas como lesa pátria, dignas de umas boas chicotadas se estivéssemos na Idade Média e de uma deportação para o Tarrafal, se o Dr. Salazar ainda fosse vivo.
É verdade! Aquilo que o “Bigodes de Aveiro” arrotou pela boca fora terá sido o maior indício acerca do maravilhoso “casamento” entre orgão federativo e equipa técnica. Refiro-ma à infeliz tirada proferida pela boca cariada do Sr. Madaíl, quando, sem vergonha nenhuma na cara, refere que poderia ter despedido o pugilista Brasileiro após a tentativa frustada de combate despoletada por aquele gancho de esquerda da treta. Até parace mal, ó Sr. Madaíl. . . o senhor até é de uma terra de pescadores, de gente da faina e tudo. . .não sabia que pela boca morre o peixe? Pois. . . eu compreendo, mas devia saber! Para a próxima não se esqueça, ok? Se a houver . . .
No final desta merda toda, quem ficou a perder foram os mesmos desgraçados de sempre, melhor dizendo, o povinho crente e expectante, que via este Europeu como única consolação para a sua condição de eterno enrrabado. Ficaram a perder os emigrantes, que gastaram a pasta toda em bilhetes para treinos sem direito a queijo sequer e que agora já não têm carcanhol para alugar o Bayerische Motoren Werke ou o Mercedes-Benz para virem ao seu Portugalzinho comer os bolinhos de bacalhau que a tia Micas tão carinhosamente prepara com a sovaqueira! Ao menos não morrem como tordos nas estradas espanholas, pelo menos este ano. Consta que Graciano Saga iniciou por estes dias uma greve de fome como protesto por esta situação tão nefasta. Quem também passou às jornadas de luta foi a Brigada de Trânsito da Guardia Civil de Espanha (aqueles que têm aqueles barretes manhosos, tipo cangaceiro do primeiro mundo, só que virados do avesso), protestando pela previsível falta de condutores embriagados (com o garrafão vazio no lugar do morto, claro) nas estradas espanholas este verão.
Daqui a quatro anos há mais pão e circo para todos, na sua versão Tugamenistanesa, ou seja, mais tinto carrascão e futebol . . .

Um ano sem zombar. . . . quase!

Com que então pensavam que tinha desistido, huh? Pois muito se enganaram os meus caros amigos e assíduos leitores.
Passou-se quase um ano após a abertura deste espaço cibernético de zombaria e devassidão. Durante alguns meses, a actividade do blog manteve-se regular, sendo que desde de Setembro do ano passado, a actividade aqui do menino Benedictus enquanto blogger desceu consideravelmente. Tive outros assuntos com que me preocupar, sinceramente, sendo que o exercício de “postagem” neste espaço foi a primeira coisa a ir para o galheiro. Cada um tem as suas prioridades, não é verdade?
Contudo, recentemente comecei a aperceber-me que começara já a espalhar a zombaria por outros locais, sendo que este pequeno cantinho que a mim e só a mim pertence, estava já a ser demasiado negligenciado. Como trabalho para o SNS (aqui o pessoal anda sempre à coca, não vá alguém topar as constantes e diárias situações de negligência), resolvi então voltar a abrir as hostilidades, não vão os gajos do gmail apagar-me a merda do blog!
Atentem então, caríssimos leitores. O Zombeteiro voltou, e desta vez é para ficar! Voltou em força, cada vez mais àcido, caústico, ordinário e hipócrita. Esperam-se novidades para breve, logo, vejam lá se estão atentos, porque a azeitice vai recomeçar, e mais gordurosa do que nunca!