quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Festa do Imigrante - O rescaldo



Passada a noitada da festa, chega a hora de fazer o balanço da empreitada.
Ontem lá estava eu, por volta das 18h, à porta do El Rock, de "laptop" e "turntable" ao "tiracol" (é assim que se escreve?), prontinho para montar o "estaminé" e começar a debitar a brejeirice do costume. Mr. Scaramanga já esperava por mim, de Carlsberg já meia deglutida e com os olhos já um pouco avermelhados, fruto de uma tarde de boémia, enquanto esperava que aqui o menino deixasse as lides hospitalares.
Após a jantarada, que decorreu na lendária Cervejaria Martins, partimos para a "venue", já de tinto bem carregados. Desde o início que apostamos num alinhamento poderoso, onde pautavam as batidas fortes, aliadas àqueles fantásticos acordeões aos quais a música brejeira nos habituou. A panela de "Caurdo Berde" lá estava, juntinha à marmita que conservava o toucinho (ou, como se diz nestas lides, a tora) e os àvidos comensais faziam fila para provar tal petisco.
Tanto o bar como a praça em si estavam muito bem compostos, com bastante gente não só a assistir ao "arraial citadino improvisado", mas também a admirar o belo "quadro" de traça medieval no qual a festa se realiza. As esplanadas estavam repletas de turistas de aspecto germânico ou nórdico, que prontamente desviaram o olhar para a fachada do bar onde tal evento decorria.
Foi com surpresa que constatei que, rapidamente, a maioria daqueles que povoavam a praça acorreram a seu tempo ao El Rock para levarem consigo um pouquinho de brejeirice.
A noite correu de feição, bem regada como sempre, pois os nossos amigos Rato, Côdeas e Tó Lobo não nos deram descanso, shot atrás de shot, fino atrás de fino.
Mais uma vez, Leonel Nunes foi o Rei, tendo sofrido, contudo, apertada concorrência de Tony Moreira, com o seu "Tira-me o Leite"...
Pelas duas da matina, a praça começou finalmente a esvaziar. Todos rumaram a suas casas, pois a noite tinha sido longa e o dia de hoje prometia, no que a trabalho diz respeito.
A noite foi óptima, o ambiente também. Foi pena é não ter visto nenhum emigrante...
Para o ano há mais...

Sem comentários: