quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ora diga lá outra vez, Sr. Engenheiro?



Ontem à noite, estava eu descansadinho a ver o telejornal quando, de repente, vejo uma notícia relacionada com o mediático processo da "Casa Pila", que se arrasta hà longos anos. Um dos arguídos do processo, o Dr. Paulo Pedroso, viu o tribunal dar-lhe razão no processo que interpôs contra o Estado Português, atribuíndo-lhe uma compensação pecuniária, supostamente para o menino superar os danos morais que quatro meses na "childra" lhe causaram, assim como para o ajudar a ultrapassar todas as vicissitudes que advieram da exposição que sofreu por parte dos media. Para quem não se lembra, Paulo Pedroso passou de político promissor dentro do organigrama do estado a perigoso pederasta e paneleiro!

Até aqui, nada que me surpreenda, não fosse este país pródigo em cometer injustiças com base em "buracos" ou omissões na lei.
O que mais me espantou e chocou foi ver o Sr. Primeiro Ministro a pronunciar-se sobre este assunto, de maneira complacente e solidária para com o seu "amiguinho". José Sócrates referiu que se congratulava pela decisão polémica da juíza que deu razão ao "Harry Potter" do P.S.

Não deveria o Primeiro Ministro, como figura de proa do estado, alhear-se destes comentários?
Não deveria o Sr. Primeiro Ministro respeitar a Constituição, zelando pela devida separação entre os poderes?
Não deveria antes o Sr. Primeiro Ministro dizer que não se poderia pronunciar sobre uma decisão dos tribunais?
Não deveria o Sr. Primeiro Ministro explicar que, por se tratar de um processo delicado e por envolver alguém das suas relações pessoais, não deveria, naturalmente, comentar o assunto?
Não deveria o Sr. Primeiro Ministro assumir a defesa da sua "dama" e dizer que não se pronunciava devido ao facto do processo envolver o Estado, logo, o conjunto de Instituições e Organismos que ele próprio coordena desde que ganhou as eleições e formou governo? Ou será que a sua "dama" se chama Paulo Pedroso?

Fica a dúvida...
Agora, quanto às amizades e conveniências de Sócrates, não restam dúvidas nenhumas?

Palhaçada................

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